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Entrevista de Devam Bhaskar à revista Metrópole, do jornal “Correio Popular”, de Campinas.


Médicos, psicólogos, jornalistas, comerciantes e quantas outras profissões couberem na imaginação, além de pessoas com uma variedade infindável de crenças e estilos de vida. Esse é o público a quem se destina a deeksha, a benção da unidade, de acordo com o jornalista e instrutor avançado na Oneness University, na Índia, Swami Devam Bashkar. O nome, dado a ele por Osho, um dos mais conhecidos gurus indianos, durante uma viagem em 1982, é um dos mais conhecidos quando o assunto é meditação e busca por crescimento espiritual. “Com Osho conheci a meditação ainda muito jovem, aos 23 anos. Desde então, um estado de observação interior nutriu-se não apenas nos salões de meditação, mas na construção da família, de uma carreira como jornalista e como ator/ativista social”, conta ele, que dirigia a Ong Andi (Agência de Notícias dos Direitos da Infância).

Mas, afinal, o que é deeksha? “Trata-se de uma transmissão de energia pelas mãos, cujo atributo é reconfigurar nossa percepção de mundo permitindo fazer a jornada de um estado de separação (conflito interno e com os demais) para um estado de unidade”, explica. Baskhar afirma que a prática não tem relação com religião, mas acessa a espiritualidade e promove bem-estar físico, mental e emocional

De acordo com ele, Campinas é uma das cidades do Brasil com maior número de doadores de deeksha e “rodas de energia”, com sessões em diferentes dias da semana. “São encontros gostosos, tranquilos, silenciosos e alegres”, define.

Metrópole – O senhor é jornalista e até já recebeu do governo brasileiro uma menção especial no Prêmio Nacional de Direitos Humanos. A busca por uma vida plena e pela prática da meditação como caminho teve alguma relação com a realidade conhecida nas ruas durante seu trabalho ou com algum conflito pessoal? O que o levou a essa procura e o fez crescer?

Devam Baskhar – A gente cresce a partir de toda experiência, na dor dos conflitos pessoais e sociais e também no deleite com as artes, com o prazer e com a dor. No Oriente, aliás, a flor de lótus é um símbolo do florescimento que se dá a partir da lama, da água turva, das lágrimas e das dores do mundo. Mas cresço muito também na alegria, na celebração. Quando conheci Osho, em 1982, e a comunidade onde vivi por dois anos, compreendi entretanto que a prisão em que estamos é a mente, a ilusão de uma existência construída na identificação com ideias e conceitos. Sair dessa prisão tornou-se minha caminhada, na qual fluiu também minha ação como cidadão do mundo. Venho crescendo e aprendendo, na contemplação permanente, que o mundo exterior é um reflexo de nosso mundo interior. Ambos só mudam se for ao mesmo tempo.

Como o senhor conheceu a deeksha?

Com Osho conheci a meditação ainda muito jovem, aos 23 anos. Em 2006 conheci, surpreso, Sri Amma Bhagavan, que me apresentou a Oneness University (Universidade da Unidade, na Índia). Digo surpreso porque foi então que recebi a deeksha, uma transferência de energia, um fenômeno místico, digamos assim, que me trouxe a graça de experienciar com grande profundidade e força transformadora o que até então eram passageiros estados meditativos ou compreensões intelectuais de certas leis espirituais que já me valiam como um presente de vida. Com a deeksha passei a sentir uma experiência real de expansão de consciência. A efetividade da prática, realizada por meio da imposição das mãos na cabeça, é nítida desde a primeira vez que se a recebe. É algo que alinha corpo, coração, mente e espírito, com benefícios para a saúde física e emocional.

O que é a universidade Oneness? Pode nos contar um pouco mais sobre o período que passou por lá?

A Oneness é um dos espaços de crescimento humano mais vivos do planeta. Ali estão Sri Amma Bhagavan e uma centena de Dasas (guias, monges) iluminados. Para lá têm convergido milhares e milhares de cristãos, budistas, meditadores, terapeutas, ateus, xamãs, advogados, médicos e jornalistas. As pessoas podem se inscrever nos cursos regulares ou para passar dias numa rotina menos rigorosa quanto a atividades.

Hoje, qual sua principal ocupação?

Ocupo 100% do tempo oferecendo retiros de meditação no Brasil, Argentina, Chile, Equador, Colômbia, El Salvador e no Dhyan Ponto de Meditação, espaço que minha esposa Niranjana e eu dirigimos na Chapada dos Veadeiros, a 250 quilômetros de Brasília. O restante do tempo ocupamos desfrutando enormemente nossos filhos e netos.

Qual é a principal mensagem que a meditação e a doação de deeksha podem oferecer às pessoas,?

Meditação é olhar para si mesmo sem interferência da mente que julga e se julga, compara, analisa, duvida, estressa. A meditação traz uma visão real de nós mesmos e do mundo à nossa volta, ampliando nossa capacidade de celebração da vida e o amor próprio. Promove maior alegria na caminhada e relacionamentos mais fluidos.

Quais as maiores mudanças observadas pelo senhor na sua vida com a tomada de consciência sobre práticas como a meditação e deeksha?

Fluo mais com o que a vida apresenta. Amo mais. Julgo menos.

Região no roteiro

Nos dias 24 a 26 de junho, Devam Baskhar coordenará um retiro espiritual em Vinhedo, junto de sua esposa Anand Niranjana, fotógrafa dedicada às mesmas causas. As vagas são limitadas e mais informações podem ser obtidas pelo e-mail onenesscampinas@gmail.com.


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